Após a tecnologia se tornar prioridade para as empresas, o aumento chegou a casa dos 50% nos últimos quatro meses
São Paulo, fevereiro de 2021 – Ao mesmo tempo que a pandemia de Covid-19 trouxe uma aceleração no processo de transformação digital de muitas empresas, a discussão sobre cibersegurança também ganhou os holofotes, uma vez que um dos principais problemas acarretados por essa mudança de comportamento e até dos modelos de trabalho, está na segurança dos dados. Prova disso foi o crescimento na procura por esse tipo de serviço na Claranet Brasil, o aumento chegou a 50% nos últimos 4 meses.
O ponto inicial de todo projeto de segurança, privacidade de dados e conformidade, seja para uma empresa pequena, seja para uma multinacional, deve ser o diagnóstico de tudo o que precisa ser protegido, bem como das vulnerabilidades/riscos já presentes no negócio e das soluções mais adequadas a serem aplicadas.
Para Diogo Barroso Santos, CTO da Claranet Brasil, quatro atitudes são essenciais para que a empresa tenha seus níveis de proteção elevados.
Ter testes de segurança contínuos, estar preparado para qualquer tipo de ataque, fazer auditorias frequentes, estar de acordo com o compliance, além de avaliações e diretrizes de social engineering”, explica.
Para se ter uma ideia, um estudo realizado pela Betania Tanure Associados (BTA), aponta que apenas 45% das companhias brasileiras já estabeleceram medidas de segurança digital, enquanto 15%, apesar de já as terem, não obrigam os profissionais a cumpri-las. Isso significa que o processo de digitalização já aconteceu, mas as empresas precisam se atentar aos próximos passos, em especial em como cuidar dos dados e evitar ataques que prejudiquem as operações. Ainda de acordo com a BTA, 40% das empresas nacionais não possuem uma política de segurança digital, sejam essas políticas já estabelecidas ou não.
Todo esse contexto nos explica o motivo de a cibersegurança ser o diamante das empresas em 2021. Se levarmos em consideração que, apenas na primeira metade de 2020 o Brasil sofreu cerca de 20 bilhões de ciberataques, a implementação de medidas eficazes de proteção tem se tornado o primeiro item na lista de prioridades de uma companhia. Vale dizer que já que existem muito mais dispositivos do que pessoas, e os invasores, ou hackers, estão cada vez mais criativos e inovadores e evitar esse tipo de coisa vai muito além de senhas fortes e informações criptografadas.
Os ataques acontecem de diversas maneiras, como phishing, ransomware, malware e engenharia social, e por isso as empresas precisam estar cercadas e protegidas de todas as formas.
Porém, não podemos nos esquecer dos usuários, que são a ponta mais fraca desse ecossistema, e que merecem toda a atenção do setor de segurança das empresas”, salienta Diogo.
De acordo com o executivo, algumas medidas tomadas pelas empresas têm se mostrado bastante eficazes.
Ações como utilizar criptografia, certificados e assinaturas digitais, manter a atualização dos sistemas em dia, adotar uma rede VPN (Virtual Private Network), ter backups em nuvem, estabelecer um plano rigoroso de contingência e acesso a rede, além de educar os colaboradores de todos os setores, são eficientes e assertivos”, finaliza.