A Lojas Bemol é uma empresa líder no varejo, fundada em 13 de agosto de 1942, em Manaus (AM). O conglomerado Bemol possui 26 lojas físicas, 3 centros de distribuição, 18 farmácias, 19 lotéricas e um site de e-commerce que atende todo o Brasil.
A empresa disponibiliza em suas lojas um variado mix de produtos nas áreas de mercado, material escolar e papelaria, brinquedos e bebês, casa e construção, celulares e smartphones, eletrodomésticos, eletroportáteis, tecnologia e eletrônicos, ferramentas, informática, lazer, móveis, petshop, relógios, saúde e beleza.
Atualmente conta com cerca de 3,5 mil colaboradores e continua expandindo seu campo de atuação. Segundo Jesaías Arruda, gerente de infraestrutura de TI, a empresa deve lançar em dois meses seu primeiro provedor de internet. Já conta com um projeto piloto na cidade de Autazes (AM), na região metropolitana de Manaus, com 4 torres de transmissão de internet.
A empresa também tem um projeto de vendas para o interior do Estado há 2 anos, com toda a logística sob sua responsabilidade. Hoje, este projeto atinge 36 municípios do Amazonas e Rondônia (RO). A empresa pretende ampliar, em 2021, o número de cidades chegando até o sul do Pará.
Outra iniciativa, lançada em 2020, foi a criação da Bemol Digital, braço de tecnologia do grupo, com cerca de 250 colaboradores. No final deste mesmo ano foi inaugurada a primeira fazenda de energia solar, que gera 2 Megawatts (MW), com planos de investir em mais 4 fazendas do tipo.
No mesmo período inauguraram o mercado Bemol e o primeiro modelo de loja híbrida, como também trabalharam a entrega de seus produtos, por meio de um avião próprio. Até o final de 2021 serão inauguradas mais 11 farmácias.
Cibersegurança: maior desafio
A mais recente iniciativa é o Conta Bemol, banco digital da empresa que tem como parceiro de tecnologia a Claranet Brasil para desenvolver toda a parte de cibersegurança. O projeto irá beneficiar, de forma horizontal, todo o conglomerado.
Segundo o gerente de infraestrutura de TI, Jesaías Arruda, a empresa começou a se preocupar com a cibersegurança há cerca de cinco anos. A partir daí foram iniciadas auditorias específicas em cibersegurança e com a maturidade adquirida, o nível de segurança foi elevado até fechar a parceria com a Claranet.
“Com este projeto, teremos monitoramento da segurança tanto internamente, sobre o que está dentro de nosso data center, quanto externamente, sobre os dados que estão na nuvem. E iremos fazer a gestão de tudo, desde logs à acessos”, explica Arruda.
Com isso, o objetivo é fechar várias portas, segregar alguns serviços e entregar muito mais recursos para a organização.
“De fato, já temos um relacionamento com a Claranet Brasil há bastante tempo, desde 2012. Portanto, a escolha pela parceria com a empresa se deu por entendermos sua capacidade para entregar os serviços de fim a fim. Na verdade, o trabalho sobre cibersegurança nunca termina, é contínuo para mitigar os riscos”, finaliza.
Segundo Richard Augusto, especialista de redes que participou de todo o desenho do projeto, a principal necessidade da Bemol é ter a visibilidade de todos os dispositivos conectados ao ambiente.
“Precisamos nos preparar para, no casos de desastres, termos evidências do que houve”, explica. Na verdade, hoje estão envolvidos com o projeto um time de 29 profissionais apenas dentro da área de infraestrutura.
A questão de contratar mais tecnologia para aumentar a cibersegurança surgiu por conta da abertura de um banco digital, para estar em compliance com a regulamentação do Bacen (Banco Central do Brasil). Em consequência, aproveitar a implantação do sistema para todo o conglomerado.
“Quando começamos as primeiras auditorias de segurança, detectamos algumas brechas nos sistemas. Alguns equipamentos podiam ser acessados por FTP (File Transfer Protocol) e IPs poderiam ser acessados direto pela rede. Então tivemos de bloquear estas brechas. Nossa maior preocupação era saber o que estava exposto e de que forma proteger isso para dar o próximo passo. Nunca tivemos uma situação que tirasse nossos servidores do ar, mas tínhamos que nos prevenir”, explica o gerente de infraestrutura de TI.
Soluções da Claranet Brasil
O projeto envolve algumas fases. Na fase 1, o objetivo é instalar firewall e WAF (Web Application Firewall) no ambiente Azure que atende as operações da Bemol. Na rede local da Bemol (contas Bemol) será realizada nova configuração na camada de rede (Switches) e autenticação (AD). As alterações permitirão maior segurança, controle e disponibilidade entre as redes Azure e Bemol.
Na fase 2, com a plataforma Fortinet e as soluções CWP (Cloud Workload Protection), SIEM (Security Information and Event Management) e NAC (Network Access Control), a Claranet Brasil fará a gestão de segurança com recursos de monitoramento, análise e suporte em tempo real, por meio do Centro de Operações de Segurança (SOC), que funciona 24x7x365. A coleta e análise de informações irá amparar o time de TI da Bemol para a tomada de decisões, que preservem as operações Bemol em toda a sua rede de negócios.
“Estamos trabalhando com um cronograma ajustável e ainda não temos uma data de implantação do projeto. Neste momento estamos finalizando o levantamento dos ativos para fazer a segregação de redes. Nas próximas etapas vamos fazer a implantação do novo controlador de domínio para segregar o domínio da conta Bemol”, diz Helênio Fernandes, analista de cibersegurança do time de infraestrutura.
“Além disso, a rede do escritório central da Bemol será modernizada. Será uma rede totalmente full com 10 GB, além da troca de todo o parque de suítes da empresa, para fazer a integração com as soluções da Fortinet”, complementa Richard.
A expectativa de Arruda, com o monitoramento 24 horas da rede, é ganhar a tranquilidade de saber que o time da Claranet Brasil estará de sobreaviso. “Hoje não consigo quantificar as vulnerabilidades que infringem a segurança do ambiente. Vamos começar a ter a visibilidade disso, para bloquear hardware ou software em qualquer camada, pois estamos agregando valor em todas elas”.
As soluções, segundo o gerente de infraestrutura de TI, irão ajudar a Bemol como um todo, porque seu ERP está integrado com o ambiente em nuvem e toda a estrutura do data center principal.
“O benefício é para a holding inteira. Para o Varejo e Farma, vamos garantir que não haja invasão dos servidores. Com isso, reduzimos as possibilidades. As aplicações publicadas a partir da nuvem também terão uma camada de segurança. Outro ganho é que saímos da forma reativa de trabalhar e passamos à forma proativa”, conta Arruda.
Redução de custos
Ao implementar o serviço da Claranet Brasil, o projeto teve uma redução de custos de cerca de 40% e uma efetividade muito maior.
“Percebemos economia com fornecedores e com time interno, já que não precisamos contratar pessoal. Ao mesmo tempo, a empresa estará atualizada, entregando resultados para a organização”, garante Arruda.
Ele também destaca o alto nível da parceria.
“Nossa relação com a Claranet Brasil é direta. Conheço as pessoas pelos nomes, então isso tem muito valor. Somos bem atendidos por meio de um simples chamado. Por mais que se documente tudo, a palavra ainda vale muito. Temos o apoio de quem já está na linha de frente fazendo isso todo dia e, enquanto isso, projetamos os próximos passos. A tecnologia empodera nosso próprio time pois, enquanto a Claranet cuida da tecnologia, nós olhamos para o negócio.”
Diferencial no varejo nacional
Com esta nova infraestrutura, a Bemol terá um diferencial no varejo nacional. Segundo o gerente de infraestrutura de TI, poucas empresas possuem estrutura de segurança similar no Brasil. “Mesmo que a tecnologia tenha se destacado agora com a pandemia, muitas empresas ainda não enxergam valor nisso. Para nós, é uma vantagem para fortalecermos nossa marca”.
Além disso, em cerca de dois ou três anos, a empresa espera recuperar o investimento feito. O que, segundo Arruda, é considerado um prazo interessante. “Quanto custaria um vazamento da minha base de clientes? Temos 2,5 milhões de consumidores. Quanto custaria ao meu banco digital ter dados vazados após um mês do lançamento?”.
Na verdade, esta personalização é a parte mais importante do projeto, pois conecta o produto com a realidade da organização. “Fizemos estas mudanças para personalizar nossa marca”, define. Além disso, a empresa estará preservando os clientes, na medida em que eles possam fazer negócios com a Bemol com garantia de segurança dos seus dados.