Os riscos cibernéticos permeiam todas as organizações e nem sempre estão sob o controle direto de sua equipe de segurança de TI.
O aumento da conectividade global, o uso de serviços em nuvem e a terceirização configuram um vetor de ataque muito maior do que no passado. Dessa maneira, o gerenciamento de segurança cibernética é ainda mais importante para reduzir o risco de violações de dados de terceiros.
Vale destacar que, na maioria das vezes, os riscos estão nos detalhes. Diariamente, líderes de negócios tomam decisões relacionadas à vulnerabilidade da tecnologia, em todos os departamentos, mesmo sem saber.
Por exemplo, quando o CMO experimenta uma nova ferramenta de marketing por e-mail ou mesmo software antivírus, que tem recursos insuficientes, isso pode ser um grande risco de segurança que pode expor os dados pessoais de seus clientes, causando roubo de identidade.
Quer você trabalhe no setor público ou privado, compreender os riscos de ataques cibernéticos e gerenciá-los é fundamental. Saiba por onde começar neste artigo.
O que é um ataque cibernético?
Um ataque cibernético, também chamado de ciberataque, é realizado por hackers com a finalidade de interromper, desativar, destruir ou controlar de forma maliciosa um ambiente/infraestrutura de computação. Muitas vezes, eles também agem para destruir a integridade dos dados ou roubar informações controladas.
Mapa de ciberataques
De acordo com dados do Attack Map, portal que monitora os dados de ataques cibernéticos, os principais tipos são:
- Crimes de intrusão: 71 milhões;
- Malware: 18 milhões.
Entre os países alvos de cibercrimes, três ocupam o ranking:
- Reino Unido: 2,39 bilhões;
- Estados Unidos: 2,09 bilhões
- Honduras: 331 milhões.
Confira 6 mapas de ciberataques em tempo real.
Ataques cibernéticos no Brasil e no mundo
O Brasil não fica de fora: é o 5° país mais afetado com ataques cibernéticos em 2021, com 9,1 milhão de registros, segundo o relatório de Ameaças Cibernéticas da SonicWall.
O número supera muito o total registrado no último ano. De acordo com a pesquisa da Fortinet , em 2020, o Brasil teve mais de 8,4 bilhões de tentativas de ataques virtuais no ano inteiro. Só no primeiro semestre deste ano, o número praticamente dobrou, chegando aos 16,2 bilhões.
A pesquisa da SonicWall apontou ainda que, globalmente, foram registrados 304,7 milhões de ransomware apenas no primeiro semestre de 2021.
No ranking de países mais afetados por esse problema, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos (227,2 milhões), Reino Unido (14,6 milhões), Alemanha (11 milhões) e África do Sul (10,5 milhões).
Além disso, o estudo revelou os setores mais atingidos pelos ataques cibernéticos, indicando o percentual de alta em relação ao 1° semestre do ano passado :
- Governo: 917%;
- Educação: 615%;
- Saúde: 594%;
- Varejo: 264%.
Quais são os maiores riscos cibernéticos para as empresas?
Mesmo sabendo dos riscos, muitas empresas deixam em segundo plano a estratégia de investimento em cibersegurança. Com essa atitude, elas mantêm as portas abertas para todos tipos de ataques cibernéticos.
São vários os impactos dos cibercrimes para as empresas:
- Prejuízo financeiro;
- Impacto na credibilidade;
- Queda do valor das ações na bolsa de valores;
- Perda de dados pessoais e corporativos.
Tipos de ataques cibernéticos
Para manter sua empresa protegida e blindada contra cibercrimes, você precisa conhecer quais são os principais tipos de ataques cibernéticos e compreender como eles funcionam. Confira os principais a seguir:
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1. DDoS Attack
Este tipo de ataque cibernético sobrecarrega as atividades do servidor, deixando o sistema lento e tornando os sites e acessos indisponíveis. Um ataque DDoS é uma das maiores ameaças ao pleno funcionamento dos sistemas corporativos.
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2. Port Scanning Attack
Trata-se de um malware que aproveita uma vulnerabilidade no sistema para fazer uma busca no servidor, buscando uma brecha de segurança. Uma vez que ele encontra, rouba informações e dados com o objetivo de danificar o sistema ou sequestrar os dados.
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3. Ransomware
Ataque de ransoware foi um dos ciberataques que mais cresceu com a migração dos colaboradores para o modelo de trabalho remoto.
Na prática, o ransomware bloqueia o acesso a todos os arquivos do servidor atacado. Os hackers só liberam novamente o acesso após o pagamento do valor de resgate, normalmente cobrado em bitcoins, determinado pelo sequestrador.
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4. Cavalo de Troia
Este é um tipo de malware popular que só funciona com “autorização” do usuário. Basta que a pessoa execute algum anexo de e-mail de remetente suspeito ou desconhecido, ou então, faça um download suspeito, contendo o vírus camuflado, e pronto: o Cavalo de Troia está instalado. Com isso, os hackers podem roubar informações pessoais e interromper funções no computador.
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5. Ataques de força bruta
Um ataque de força bruta (também conhecido como quebra de força bruta) é o equivalente a um invasor testar todas as chaves de um chaveiro para tentar abrir uma porta.
No contexto dos ataques cibernéticos, os hackers permitem que um computador faça o trabalho - tentando diferentes combinações de nomes de usuário e senhas, por exemplo - até encontrarem uma que funcione.
Com esses dados, o hacker poderá enviar diversas mensagens com remetente conhecido do usuário com conteúdo como phishing e spam, solicitando depósitos, transferências, senhas de acesso e outros dados.
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6. Phishing
Consiste em um ataque cibernético no qual os hackers levam os usuários a entregarem informações sigilosas, incluindo senhas, dados bancários e CPF.
Via de regra, este tipo de cibercrime direciona o usuário para um site idêntico ao verdadeiro de uma agência bancária, por exemplo.
Assim, nessa página falsa, que funciona como uma “isca”, os hackers “pescam” os dados dos usuários. Esse é um dos ataques cibernéticos mais populares.
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7. Cryptojacking
Neste ciberataque, os hackers usam o computador do usuário ou qualquer outro dispositivo conectado à internet para fazer mineração de criptomoedas.
A partir da instalação de um tipo de malware nas máquinas das vítimas, os criminosos exploram a capacidade e os recursos do computador para a geração de moedas.
Normalmente, o usuário nem percebe a ação dos hackers, salvo nos casos em que a lentidão na navegação e o desempenho do computador são realmente notáveis.
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8. Zero Day
O Zero Day, também conhecido como Dia Zero, é um ciberataque que busca falhas de segurança em programas ou aplicativos recém-lançados, explorando brechas e bugs antes da correção. É um ataque menos comum, mas os desenvolvedores costumam se deparar com esse tipo de ameaça cibernética.
Como evitar ciberataques na sua empresa
Para potencializar a segurança digital e evitar ciberataques, as empresas podem adotar uma série de boas práticas que reduzem os riscos. Conheça algumas:
- Adote uma plataforma de segurança, com recursos em cloud, para manter a rede protegida 24 horas por dia contra possíveis ameaças, garantindo proteção de alto desempenho, em tempo real;
- Periodicamente, realize backups dos dados para diminuir os riscos de perdê-los;
- Invista e mantenha uma boa VPN para impedir roubo de dados em conexões desconhecidas;
- Forneça orientações para os colaboradores sobre as boas práticas de segurança. O conhecimento dos usuários é fundamental para proteger sua rede;
- Otimize a confiabilidade da conexão web mantendo um firewall ativo contra ameaças globais;
- Faça um monitoramento contínuo da rede para identificar e eliminar brechas ou ciberataques de maneira rápida, evitando impactos maiores e prejuízos na operação.
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