Transformação Digital no setor Automóvel: a Cloud como vetor de Inovação

A União Europeia está, progressivamente, a afastar-se do motor de combustão, sinalizando à indústria automóvel a necessidade de mudança, e de exigir essa mudança em toda a cadeia de valor.

De facto, as metas para a transição energética são exigentes, e desafiam as organizações e fabricantes de componentes a uma reestruturação de processos, de tecnologias e matérias-primas, que implicam disrupção na estrutura produtiva.

A produção de automóveis do futuro presume que o setor industrial automóvel assuma um papel de liderança, que participa nas cadeias de valor globais e que mobiliza a indústria para o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias, processos e produtos. Trata-se, portanto, de posicionar a indústria automóvel nacional ao leme da transformação digital no contexto da Indústria 4.0.

A adoção de Inteligência Artificial (IA) em plataformas Cloud proporciona ao setor industrial Automóvel um poderoso aliado para a otimização das operações e transformação profunda dos seus modelos – apoiando, por exemplo, a antecipação de tendências de mercado, a otimização da alocação de recursos, manutenção preventiva de equipamentos, armazenamento e gestão de dados ou a tomada de decisões estratégicas baseadas em dados precisos recolhidos tempo real.

No fundo, o que está a acontecer é um processo de convergência da Tecnologia Operacional (OT) com Tecnologia de Informação (TI) que resultará, necessariamente no desenho e implementação de sistemas que integram Inteligência Artificial para operacionalizar modelos de Data Governance e Analytics mais robustos, associados a um planeamento e estratégia Cloud que mantenham em contínuo uma visão holística da Segurança da Informação e Redes.

A aliança entre IA e Cloud confere a flexibilidade e escalabilidade necessárias para alavancar os recursos tecnológicos e promover sua evolução contínua, oferecendo às organizações vantagem no seu posicionamento no mercado, e utilizando tecnologia para afirmar a competitividade e eficiência operacional das empresas de Industry & Utilities, nomeadamente no setor Automóvel.

Gestão de consumo de recursos naturais, redução de desperdício e eficiência operacional

Segundo a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), o setor conta, atualmente, um total de aproximadamente 350 empresas, que representam 5,7% do PIB (15 mil milhões euros) e são responsáveis por 63 mil postos de trabalhos diretos.

É neste contexto que podemos compreender o significativo investimento, em Portugal, na digitalização e na tecnologia, sublinhando-se, contudo, a necessidade de não esquecer que a eficiência e competitividade estão cada vez mais interligados com sustentabilidade e conetividade, que exigem atenção contínua à investigação e desenvolvimento – à inovação.

A questão da eficiência operacional no panorama industrial abrange, atualmente, mais do que apenas a concretização de um conjunto de tarefas específicas com um objetivo organizacional concreto.

O setor de Indústria e em particular o Automóvel, é uma das áreas de mercado com mais exigências em termos de gestão sustentável e inteligente dos recursos, o que obriga, necessariamente, a uma maior preponderância da inovação nas prioridades das organizações, a par da exploração de métodos para a maximização da gestão de recursos – dos humanos aos naturais, passando pelos tecnológicos.

Dispositivos conectados (IoT – Internet of Things) podem desempenhar um papel central neste contexto, uma vez que fornecem dados críticos para monitorização e controlo, por exemplo, do consumo de água ou energia; e esses dispositivos dependem de soluções de Conectividade e Cloud seguras e resilientes, onde grandes volumes de dados podem ser recolhidos, processados e armazenados, facilitando a implementação de estratégias de controlo de desperdício e otimização de processos.

À Inteligência Artificial e IoT junta-se a Automação que, aliada a uma estratégia de Segurança da Informação completa e abrangente:

1- minimiza o erro humano,
2- reduz o impacto ecológico das operações e, simultaneamente,
3- reduz os custos, potencia o retorno de investimento e
4- promove a capacidade de inovar.

Ou seja, é a aplicação de tecnologias emergentes, baseadas no conhecimento especialista de um parceiro estratégico, como a Claranet, que alavanca uma gestão de recursos eficaz e que consegue, efetivamente, resultados objetivos na redução de desperdício.
A par destes resultados, verifica-se a capacidade das organizações se adaptarem mais rapidamente às mudanças de mercado, proporcionando vantagens competitivas sólidas.
E são estes os alicerces da eficiência operacional!

Desafios e barreiras na adoção de tecnologias emergentes

Embora os benefícios sejam claros, a transição para tecnologias emergentes não está isenta de obstáculos.

Os principais são:

• Resistência às mudanças culturais;
• Necessidade de requalificação dos profissionais;
• Preocupação com a segurança dos dados.

Além disso, a complexidade da integração de novas tecnologias com sistemas legacy pode atrasar significativamente o processo de digitalização.

Para que as organizações do setor de Indústria possam superar estes desafios e focar-se nas prioridades do seu negócio, a complexidade do cenário tecnológico que hoje acompanha a operação de qualquer empresa deve apoiar-se num parceiro de confiança, que conheça o negócio e os seus desafios concretos.

As soluções Cloud da Claranet podem, neste cenário, constituir o motor da inovação no setor de Indústria, promovendo uma gestão mais ágil, segura e alinhada com as exigências do futuro.

A implementação das tecnologias Cloud abre um novo horizonte de possibilidades para que as empresas que não ambicionam apenas sobreviver, mas sim prosperar.

Industry & Utilities |  Cloud & Infra

Tiago Brito Barreto, Industry & Utilities Director - Claranet Portugal

Pedro Teixeira, Cloud & Infra Director - Claranet Portugal